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Na segurança, você não decide com lógica!

Atualizado: 7 de abr.


papel, caneta e nuvens

Você não decide com lógica. Você decide com emoção e justifica com lógica.

E esse é o motivo de muitas pessoas sabotarem os próprios resultados e nem percebem.


Neste artigo vou te contar uma história real, e até bastante comum, eu me lembro que era uma manhã comum em uma pequena indústria ao qual eu prestava consultoria.


O som das máquinas costumava tomar conta do ambiente quando Carlos, um operador experiente, decidiu ignorar o uso do protetor auricular.


“É rapidinho, só um ajuste”, pensou.


Duas horas depois, ele me relatou que estava sentindo dores de cabeça e estressado, ele nem percebeu, mas o motivo da decisão dele não foi técnico. Com a experiência que tenho, pude ver que foi uma decisão emocional.


Ele queria terminar logo a tarefa, não gostava do barulho dos colegas criticando o uso do EPI e, no fundo, achava que “nada demais ia acontecer”.


É aqui que mora o perigo.


Eu te contei esse breve relato, para te dizer que você decide com emoção, nesse combo estou me referindo ao medo, a raiva ou até mesmo a ansiedade.


E te digo mais, as vezes nossa decisão é pautada no cansaço e na pressão.


E o que vem depois? Bom, aí você encontra argumentos racionais para validar aquilo que o seu cérebro já decidiu no impulso.


No ambiente de trabalho, principalmente em áreas de risco, essa lógica emocional é invisível, mas ela está moldando comportamentos, criando rotinas perigosas e minando a cultura de segurança.


Agora pensa comigo: Por que trabalhadores experientes, que já conhecem os perigos, continuam se expondo?


A resposta é simples, por que o cérebro se adapta, e o que um dia foi interpretado como "perigo", hoje é tratado como "normal".


A emoção do medo inicial some, e entra o piloto automático, é aqui que os fatores psicossociais entram com força total.


  • Pressão por metas

  • Clima organizacional tenso

  • Falta de reconhecimento

  • Problemas familiares ou financeiros

  • Ambiente tóxico


Tudo isso desconecta o trabalhador da realidade e afasta ele do instinto de autopreservação, ou seja, ele não percebe o risco porque a mente dele já está lidando com outros “perigos invisíveis”.


Ninguém acorda e pensa: “Hoje vou ignorar a segurança”.


Mas muitos acordam sobrecarregados, ansiosos, desmotivados, e esse combo emocional vira o campo fértil para decisões ruins.


E é bastante comum, vermos a empresa ignorar o impacto das emoções no ambiente, ela não apenas expõe seus colaboradores a acidentes, mas eu me arrisco a dizer que ela também sabota a própria produtividade.


Se você chegou até aqui, eu tenho uma boa notícia!


Tudo isso pode ser reprogramado, com treinamentos que não focam só em normas, mas também em emoções, propósito e mentalidade, através de líderes que ouvem, inspiram e não apenas cobram.


No fim das contas, você não precisa de um novo procedimento, precisa de uma nova consciência.


A consciência de que o ser humano é mais emoção do que lógica, e que empresas que entendem isso, formam times mais engajados, seguros e produtivos.


Quando você cuida da mente, o comportamento muda e quando o comportamento muda, os resultados aparecem.


Se você quer transformar a cultura de segurança da sua empresa, comece entendendo que o risco começa na cabeça, e só termina quando a emoção for alinhada ao propósito.


Se esse conteúdo te fez refletir, compartilha com quem precisa despertar.




 
 
 

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